De manhã,
temendo, que me achasses feia!
Acordei,
tremendo, deitada n'areia
Mas logo os
teus olhos disseram que não,
E o sol
penetrou no meu coração.[Bis]
Vi depois,
numa rocha, uma cruz,
E o teu
barco negro dançava na luz
Vi teu
braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as
velhas da praia, que não voltas:
São loucas!
São loucas!
Eu sei, meu
amor,
Que nem
chegaste a partir,
Pois tudo,
em meu redor,
Me diz
qu'estás sempre comigo.[Bis]
No vento
que lança areia nos vidros;
Na água que
canta, no fogo mortiço;
No calor do
leito, nos bancos vazios;
Dentro do
meu peito, estás sempre comigo.